O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um grande passo rumo ao retorno da paz aos estádios brasileiros, quando na última sexta-feira – 13 de março – assinou o projeto de lei que traz alterações ao Estatuto do Torcedor. A preocupação com o bem-estar do torcedor e o maior rigor nas questões de segurança são a tônica do projeto, proposto pelos ministros da Justiça e do Esporte – Tarso Genro e Orlando Silva, respectivamente. As mudanças são exigidas pela Fifa para a realização da Copa de 2014 no Brasil.
O cadastramento nacional dos torcedores é a grande inovação prevista no pacote, seguida pelo banimento, ainda que temporário, dos baderneiros dos estádios. Entretanto, tais medidas foram centro de polêmica para a Ordem dos Advogados do Brasil. A OAB acredita que a violência é causada por uma minoria e que não seria correto, então, fazer todos pagarem por isso.
Mas a verdade é que as pessoas de bem e que gostam de ir ao estádio ver o seu time em campo só serão beneficiadas pelas alterações. Provavelmente elas se sentirão mais seguras sabendo que há um controle sobre quem está no estádio, e também que haverá punição judicial àqueles que praticarem atos de violência. Hoje é um verdadeiro risco sair de casa em dia de jogos de grande porte, mesmo que o destino não seja o estádio. A violência provocada por torcedores fanáticos atinge tanto quem está dentro quanto quem está fora dos estádios, e não pára de aumentar. Já está na hora de pôr um basta na situação.
Para todos que criticam o rigor do projeto, é importante ressaltar que uma decisão semelhante foi tomada na Inglaterra há alguns anos e diminui muito a ameaça dos hooligans. A violência praticada nos estádios do Brasil talvez não chegue ao nível exagerado do caso inglês, mas não é preciso deixar a situação se encaminhar a tal ponto – porque se ficar do jeito que está, certamente se igualará – para tomar alguma decisão importante.
Não há também o porquê de as torcidas organizadas criticarem as mudanças no Estatuto. Não do ponto de vista da segurança. Afinal, o objetivo delas é torcer, apoiar o time, cantar, dar brilho ao espetáculo futebolístico. E quanto a isso não há nenhuma restrição no projeto. Aliás, o que o projeto visa tem muito a ver com o espetáculo. Torcidas que não se agridam e o retorno das famílias aos palcos do futebol brasileiro, são os frutos a serem colhidos num futuro não muito distante, se for aprovado o pacote no Congresso.
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