Estrelas vs. Conjunto

O que faz a diferença, a qualidade do futebol das estrelas de um time ou o empenho e a disciplina tática dos jogadores que compõem um conjunto.

Para responder a essa questão vou utilizar a equipe do Santos, finalista do Paulistão 2009.

Começemos pela especulação da pré-escalação da equipe feita pela maioria dos jornalistas do país: Fábio Costa, Luizinho, Paulo Henrique, Fabiano Eller e Léo; Roberto Brum, Germano, Madson e Lucio Flávio; Bolaños e Kléber Pereira (Roni).

Os jogadores que venceram o Palmeiras pelas semifinais do Campeonato Paulista foram: Fábio Costa, Pará, Astorga, Fabiano Eller e Triguinho; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Madson e Paulo Henrique Lima; Neymar e Kléber Pereira.

O que isso quer dizer? Que a disciplina tática e o empenho dos atletas na estruturação de um time sólido é fundamental para formação de uma equipe de qualidade.

As estrelas Léo, Lúcio Flávio e Bolaños nem dão sinal de vida na equipe que se destaca pela alegria da promessa Neymar. Com a chegada de Vagner Mancini ao comando da equipe o Santos ganhou em conjunto, e isso foi o fator crucial para a classificação do time à final do Paulista.

O simples lateral-esquerdo Pará mostrou-se melhor que Luizinho, mesmo jogando improvisado. O ex-reserva de Léo Moura no Fla, havia prometido ser a seolução à posição que estava sem dono.
Paulo Henrique contratado junto ao Goiás também não fez sucesso. Assim como Léo, repatriado junto ao Benfica, após uma longa disputa pelo atleta com o Fluminense. Germano, hoje, é reserva do excelente volante Rodrigo Souto, no Santos desde 2006. Lucio Flávio recebeu a camisa 10 santista assim que chegou. As vestes com a numeração que Pelé utilizava não trouxeram sorte ao ex-botafoguense, que desapareceu completamente. Por fim, Bolaños, ex-LDU do Equador, a contratação mais cara da equipe acabou em nada. O investimento mais alto feito pelo Santos em 2009 nem ao menos amargura esquentar o banco; perdeu lugar ao jovem Neymar, promessa de craque que teve seu salário ampliado para R$ 80 mil mensais, aos 17 anos de idade.

Não são as estrelas que montam um time; elas podem apenas acrescentar qualidade aos grupos já consolidados.